sexta-feira, março 18, 2005

O verdadeiro, o único, o esperado...

A pedido de muitas famílias (leia-se pesquisas no Google), aqui fica, tal como prometi há tempos, a letra de um fado que considero do melhor! Esta letra não se encontra no Google! Só mesmo aqui no Cheque-Mate!
Claro que a letra foi escrita de ouvido. Transcrevi-a enquanto ouvia a respectiva música. É possível que contenha erros.
Deixo-vos, então, com Nuno da Câmara Pereira e o seu Cavalo Ruço:




Eu tive um cavalo ruço
Que se chamava Gingão
Eu tive um cavalo ruço
Que se chamava Gingão

De uma capona bravia
Que eu queria, sentia,
Como um bom irmão

Era o cavalo mais lindo
Que nasceu no Ribatejo
Eu nunca tive outro assim
Tão manso, que enfim
Ainda o desejo

Saltava que era um primor
Tudo fazia com graça
Saltava que era um primor
Tudo fazia com graça

Era bom a tourear,
A derribar, sem vacilar
No campo ou na praça

Corria lebres com gosto
E quando passava
Quando o viam a correr
E com prazer
E sem sofrer
A todos pasmava

A brincar lá na lezíria
O iam a mirar
A brincar lá na lezíria
O iam a mirar

Inda parece que o vejo
À beira do Tejo
A correr e a saltar.

Foi um toiro que o matou
Num dia de infelicidade.
Eu nunca mais montei
Nem sei se o farei
Tal é a saudade.


(brevemente tento disponibilizar o mp3)